SOAR (Security Orchestration, Automation and Response) é uma categoria de soluções de segurança que combina orquestração de processos, automação de tarefas e resposta a incidentes em uma plataforma integrada. Estas soluções ajudam as equipes de segurança a gerenciar e responder a alertas de segurança de baixo nível sem intervenção humana, permitindo que analistas se concentrem em ameaças mais complexas.
Em um cenário onde equipes de segurança frequentemente enfrentam sobrecarga de alertas, falta de pessoal qualificado e processos manuais demorados, as plataformas SOAR oferecem uma abordagem sistemática para coordenar, executar e automatizar tarefas de segurança, facilitando a resposta eficiente a incidentes e melhorando a postura geral de segurança da organização.
Sistemas de Gerenciamento de Eventos e Informações de Segurança (SIEM) focam principalmente na coleta, agregação e análise de logs e dados de segurança para detecção de ameaças e conformidade.
Um SIEM tradicional gera alertas, mas geralmente não fornece ferramentas para responder a esses alertas de forma automatizada.
Security Orchestration, Automation and Response (SOAR) se concentra em coordenar e automatizar a resposta a incidentes, além de possibilitar a execução de fluxos de trabalho complexos para abordar ameaças.
SOAR expande as capacidades de detecção do SIEM adicionando automação, orquestração e capacidades de resposta para otimizar operações de segurança.
SIEM e SOAR não são mutuamente exclusivos, mas sim tecnologias complementares que trabalham juntas para criar um sistema mais robusto de segurança cibernética.
Enquanto o SIEM identifica potenciais ameaças e gera alertas, o SOAR pode pegar esses alertas e orquestrar uma resposta adequada, criando um loop fechado de segurança.
Coordena e integra diferentes ferramentas, sistemas e processos de segurança para criar fluxos de trabalho coesos. Permite que múltiplas tecnologias trabalhem juntas para responder a incidentes de forma coordenada, independentemente de suas origens.
Executa tarefas repetitivas e de baixo nível sem intervenção humana, como triagem de alertas, enriquecimento de dados, contenção inicial e outras ações de resposta a incidentes, liberando analistas para trabalhos mais estratégicos.
Sequências predefinidas e personalizáveis de ações e decisões que automatizam e padronizam a resposta a determinados tipos de incidentes. Garantem consistência nos processos de segurança e incorporam as melhores práticas da organização.
Funcionalidades para rastrear, documentar e colaborar em incidentes de segurança. Mantém um registro centralizado de todas as atividades, evidências e comunicações relacionadas a um incidente, facilitando investigações e análises posteriores.
Conectores e interfaces programáticas que permitem a interação com uma ampla variedade de ferramentas de segurança, fontes de dados e sistemas corporativos. Essenciais para a orquestração eficaz e automação entre várias tecnologias e plataformas.
Integração com feeds de inteligência de ameaças para enriquecer alertas com contexto adicional sobre indicadores de comprometimento, táticas de atacantes e ameaças emergentes, permitindo respostas mais informadas e precisas.
Interfaces visuais que fornecem visibilidade sobre métricas de segurança, status de incidentes, eficácia de playbooks e outros KPIs relevantes. Permitem a gestores e analistas acompanhar o desempenho e identificar áreas de melhoria.
Recursos que facilitam o trabalho em equipe durante a resposta a incidentes, incluindo ferramentas de comunicação, atribuição de tarefas, notificações e integração com sistemas de ticketing e gerenciamento de projetos.
As plataformas SOAR automatizam e orquestram o processo de resposta a incidentes de segurança, criando um fluxo de trabalho contínuo desde a detecção inicial até a resolução e aprendizado.
O processo começa com a ingestão de alertas de diversas fontes, como SIEM, EDR, firewalls, IPS/IDS, e-mail de segurança, fontes de inteligência de ameaças e outras ferramentas de segurança. Estes alertas são normalizados em um formato consistente para processamento.
Os alertas passam por um processo automatizado de triagem que avalia sua relevância e gravidade. Nesta fase, informações adicionais são coletadas automaticamente para enriquecer o alerta, como reputação de IPs, análise de arquivos suspeitos e contexto do sistema afetado.
Alertas relevantes são convertidos em casos de incidentes, agrupando eventos relacionados. Os casos são priorizados com base em critérios como criticidade do ativo, severidade da ameaça, potencial impacto ao negócio e outros fatores contextuais.
Playbooks predefinidos são ativados com base no tipo de incidente, executando automaticamente ações de resposta como isolamento de endpoints, bloqueio de IPs maliciosos, desativação de contas comprometidas ou outras medidas de contenção que não requerem intervenção humana.
Para decisões que requerem julgamento humano, o sistema escalona para analistas, fornecendo todas as informações relevantes e recomendações. Os analistas podem investigar mais a fundo, tomar decisões e acionar ações adicionais diretamente da plataforma SOAR.
Todas as ações realizadas, descobertas e decisões são automaticamente documentadas. Após a resolução do incidente, o caso é fechado com informações detalhadas sobre causa raiz, impacto, medidas tomadas e lições aprendidas para referência futura.
Métricas e dados sobre a eficácia dos playbooks e processos são analisados para identificar oportunidades de melhoria. Os playbooks são continuamente refinados com base em lições aprendidas e novas técnicas de ataque, em um ciclo de aperfeiçoamento contínuo.
Automatização do processo de investigação e resposta a ataques de phishing, desde a análise inicial de e-mails suspeitos até a contenção, erradicação e recuperação de sistemas potencialmente comprometidos.
Detecção e resposta a comprometimento de credenciais, incluindo login em locais incomuns, atividades anômalas de usuários privilegiados e outros sinais de contas potencialmente comprometidas.
Integração com ferramentas de escaneamento de vulnerabilidades para priorizar, rastrear e coordenar esforços de remediação, especialmente para vulnerabilidades críticas sendo ativamente exploradas.
Coordenação da resposta a detecções de malware, incluindo análise automatizada, contenção e remediação de sistemas infectados para minimizar impacto e prevenir propagação lateral.
Monitoramento e resposta a riscos de segurança em ambientes de nuvem, como configurações incorretas, escalação de privilégios não autorizada, vazamento de dados e outras ameaças específicas de nuvem.
Execução automática e regular de playbooks de threat hunting que buscam proativamente indicadores de comprometimento ou comportamentos suspeitos que podem indicar presença de ameaças não detectadas.
Reduz significativamente o tempo médio de detecção (MTTD) e o tempo médio de resposta (MTTR) a incidentes através da automatização de tarefas que tradicionalmente requerem intervenção manual, permitindo contenção rápida antes que as ameaças causem danos maiores.
Libera analistas de segurança de tarefas rotineiras e repetitivas, permitindo que dediquem seu tempo e expertise a atividades de maior valor como análise avançada de ameaças, melhoria de processos e iniciativas estratégicas de segurança.
Garante que protocolos de resposta a incidentes sejam seguidos consistentemente, independentemente de quem está de plantão ou da carga de trabalho atual, reduzindo erros humanos e variabilidade nos processos de segurança.
Permite que equipes de segurança lidem com um volume muito maior de alertas e incidentes sem necessidade de expansão proporcional do quadro de pessoal, atendendo ao crescimento do negócio e ao aumento de ameaças cibernéticas.
Facilita o aprendizado e refinamento de processos através de métricas detalhadas, documentação completa de incidentes e feedback sobre a eficácia de playbooks, criando um ciclo virtuoso de aprimoramento da segurança.
Oferece documentação detalhada e consistente de todos os incidentes e ações de resposta, facilitando a demonstração de conformidade com regulamentações e a realização de auditorias de segurança com evidências claras e completas.
Avalie a maturidade atual da sua operação de segurança, identificando processos manuais que poderiam ser automatizados e definindo objetivos claros para a implementação de SOAR. Identifique stakeholders, forme uma equipe multidisciplinar e estabeleça métricas de sucesso. Compreenda sua arquitetura de segurança existente e como o SOAR se integrará ao ecossistema.
Documente os processos atuais de resposta a incidentes, incluindo fluxos de trabalho, procedimentos e pontos de decisão. Identifique gargalos, tarefas repetitivas e processos que consomem muito tempo. Priorize quais processos devem ser automatizados primeiro, considerando frequência, complexidade e impacto na eficiência da equipe.
Avalie as diferentes plataformas SOAR disponíveis no mercado com base nos requisitos específicos da sua organização. Considere fatores como facilidade de integração com ferramentas existentes, facilidade de uso, capacidade de personalização, suporte a playbooks, escalabilidade e custo total de propriedade. Considere realizar provas de conceito (PoC) com os finalistas.
Comece com playbooks simples para casos de uso de alto volume e baixa complexidade, como triagem de alertas, verificação de malware ou resposta a phishing. Documente claramente cada passo, pontos de decisão e condições. Valide os playbooks com especialistas em segurança e atualize conforme necessário antes da implementação.
Configure integrações com suas ferramentas de segurança existentes, como SIEM, EDR, e-mail security, firewalls, etc. Estabeleça conectores para sistemas de ticketing, comunicação e outras ferramentas operacionais. Teste cada integração para garantir que dados estão fluindo corretamente e que ações podem ser executadas conforme esperado.
Execute testes abrangentes de playbooks em ambiente controlado, simulando diferentes cenários de incidentes. Ajuste os playbooks com base nos resultados dos testes, refinando critérios de decisão, adicionando verificações de erro e otimizando fluxos. Documente conhecimento adquirido para melhorias futuras.
Implemente o SOAR de forma gradual, começando com modo de monitoramento (sem executar ações automaticamente) para validar a detecção e lógica dos playbooks. À medida que a confiança aumenta, habilite automação para ações de baixo risco e gradualmente para ações mais impactantes, mantendo supervisão adequada.
Forneça treinamento abrangente para a equipe de segurança sobre como usar, manter e expandir a plataforma SOAR. Desenvolva documentação interna, guias de referência rápida e recursos de aprendizado. Considere a certificação de membros-chave da equipe na plataforma escolhida para maximizar o valor obtido.
Estabeleça um ciclo de revisão e melhoria contínua para playbooks e processos. Colete feedback de analistas, monitore métricas como taxa de falsos positivos, MTTR e utilização do sistema. Expanda o uso de SOAR para novos casos de uso e departamentos conforme a maturidade aumenta.
Plataforma abrangente que combina gerenciamento de casos, automação e resposta em uma solução integrada, com extensa biblioteca de integrações e playbooks pré-construídos.
Solução SOAR que se integra profundamente com Splunk como SIEM, oferecendo automação robusta, análise de dados e recursos avançados de playbooks para resposta a incidentes.
Anteriormente conhecido como Resilient, oferece orquestração dinâmica de playbooks, com recursos avançados de colaboração e integrações nativas com o ecossistema IBM Security.
Solução SOAR com interface intuitiva de construção de fluxos de trabalho, extensa biblioteca de plugins e integração nativa com a plataforma de segurança Insight da Rapid7.
Plataforma SOAR com baixo código/sem código para automação de segurança, oferecendo flexibilidade para casos de uso além da segurança tradicional e métricas avançadas de ROI.
Combina SOAR com inteligência de ameaças, permitindo resposta contextualizada e baseada em risco, com forte ênfase em métricas de segurança e visualização de ameaças.
O valor de uma plataforma SOAR depende significativamente de sua capacidade de integração com o ecossistema de segurança existente. Abaixo estão categorias de ferramentas comumente integradas com soluções SOAR: