O controle de acesso é um componente fundamental da segurança da informação que assegura que apenas usuários autorizados tenham acesso aos recursos necessários para desempenhar suas funções. Um sistema eficaz de controle de acesso protege contra acessos não autorizados, mantém a confidencialidade dos dados e ajuda a cumprir requisitos regulatórios.
Implementar controles de acesso robustos envolve não apenas tecnologias, mas também políticas, processos e práticas organizacionais que trabalham em conjunto para proteger os ativos de informação mais valiosos da empresa.
Os usuários devem receber apenas o nível mínimo de acesso necessário para desempenhar suas funções, limitando o potencial de danos em caso de comprometimento de contas.
Responsabilidades críticas devem ser divididas entre múltiplos usuários para prevenir fraudes, erros e abusos de privilégios em processos sensíveis.
O acesso a informações sensíveis deve ser restrito apenas a indivíduos que realmente precisam delas para realizar suas tarefas específicas.
Utilize múltiplos fatores para verificar a identidade dos usuários, combinando algo que eles sabem, possuem e são.
Acessos e privilégios devem ser revisados regularmente para garantir que continuam apropriados às funções atuais dos usuários.
Implementação de processos claros para provisionamento, modificação e desprovisionamento de acessos em todas as etapas do ciclo de vida do usuário.
Um modelo de controle de acesso define a abordagem fundamental para conceder ou negar acesso a recursos. Os modelos mais comuns incluem:
O gerenciamento de identidades envolve a criação, manutenção e desativação de identidades digitais dos usuários:
A autenticação verifica a identidade alegada por um usuário, sistema ou dispositivo:
A autorização determina o que um usuário autenticado pode fazer dentro de um sistema:
Acompanhamento e registro das atividades de acesso para detecção de anomalias:
Conceda apenas os privilégios mínimos necessários para os usuários realizarem suas funções. Revise e ajuste permissões quando funções mudam e utilize contas com privilégios elevados apenas quando necessário.
Implemente MFA para todos os acessos remotos e para acessos a sistemas e dados sensíveis. Priorize métodos como aplicativos autenticadores ou tokens de hardware ao invés de SMS.
Implemente processos automatizados para revogar todos os acessos quando um colaborador deixa a organização. Isso evita o problema comum de contas órfãs que podem ser exploradas.
Utilize soluções de Gestão de Identidade e Acesso (IAM) para centralizar a administração de acessos, facilitando a aplicação consistente de políticas e a auditoria.
Para funções administrativas e contas privilegiadas, considere conceder acesso temporário apenas quando necessário, com expiração automática após um período definido.
Implemente revisões periódicas onde gestores certificam que seus subordinados possuem apenas os acessos necessários para suas funções atuais.
Desenvolva políticas claras de controle de acesso e procedimentos para solicitação, aprovação, implementação e revisão de acessos, assegurando consistência e auditabilidade.
Implemente ferramentas de detecção de anomalias que possam identificar padrões incomuns de acesso, indicando potenciais comprometimentos de contas.
Identifique todos os sistemas, aplicações, dados e recursos que requerem controle de acesso. Classifique-os de acordo com sua sensibilidade e criticidade para o negócio.
Escolha o modelo mais adequado para sua organização (RBAC, ABAC, etc.) e defina a estrutura de funções, grupos ou atributos que serão utilizados para controlar o acesso.
Crie políticas detalhadas que definam regras para autenticação, autorização, gestão de contas privilegiadas, revisões periódicas e resposta a incidentes relacionados a acessos.
Escolha as ferramentas e soluções que suportarão sua estratégia, como sistemas de IAM, MFA, PAM e SIEM. Implemente-as de forma gradual, priorizando sistemas críticos.
Treine administradores sobre as novas ferramentas e processos, e eduque usuários finais sobre práticas seguras de autenticação e a importância do controle de acesso.
Estabeleça processos para revisão regular de acessos, incluindo certificações por gestores, análise de contas inativas e verificação de contas privilegiadas.
Monitore métricas de eficácia, como tempo de provisionamento, incidentes de segurança relacionados a acessos, e resultados de revisões periódicas. Ajuste e melhore a abordagem com base nos resultados.
Plataformas que gerenciam todo o ciclo de vida de identidades digitais, desde a criação até o desprovisionamento, com administração centralizada de políticas de acesso.
Permite que usuários acessem múltiplos sistemas com um único conjunto de credenciais, melhorando a experiência do usuário e reduzindo riscos de segurança.
Sistemas que exigem múltiplas formas de verificação de identidade, como senhas, tokens físicos, aplicativos autenticadores ou biometria.
Ferramentas especializadas para controlar, monitorar e auditar o uso de contas com privilégios elevados, que apresentam maior risco para a organização.
Soluções que controlam quais dispositivos podem se conectar à rede corporativa com base em políticas de segurança e estado de conformidade.
Sistemas que utilizam machine learning para identificar comportamentos de acesso incomuns que podem indicar comprometimento de contas ou uso indevido.
Modelo | Descrição | Vantagens | Desvantagens | Casos de Uso |
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RBAC (Controle de Acesso Baseado em Funções) | Acesso determinado pelas funções ou cargos do usuário na organização | Simples de entender e administrar; Escalável | Pode levar à propagação de funções; Menos flexível para casos específicos | Empresas médias e grandes com estrutura organizacional bem definida |
ABAC (Controle de Acesso Baseado em Atributos) | Acesso determinado por múltiplos atributos do usuário, recurso, ação e ambiente | Altamente flexível; Políticas contextualmente ricas | Mais complexo de implementar e manter; Potencialmente mais difícil de auditar | Ambientes que requerem decisões de acesso dinâmicas e contextuais |
DAC (Controle de Acesso Discricionário) | Proprietário do recurso controla quem pode acessá-lo e quais permissões possuem | Flexível; Controle descentralizado | Difícil de gerenciar em escala; Risco de propagação excessiva de permissões | Pequenas organizações; Ambientes colaborativos como compartilhamento de arquivos |
MAC (Controle de Acesso Mandatório) | Acesso baseado em rótulos de segurança para usuários e recursos, controlado centralmente | Segurança rigorosa; Boa para informações altamente sensíveis | Inflexível; Sobrecarga administrativa | Organizações governamentais; Setores altamente regulamentados; Informações classificadas |